Hipnose Moderna
Olhe bem nos meus olhos...Dos filmes misteriosos para um consultório bem perto de si, a hipnose cada vez mais se afasta do universo místico para auxiliar as práticas da medicina moderna.
Relaxe e leia com um pouco de atenção.Ainda é difícil pensar em hipnose sem imaginar uma atmosfera de magia e mistério. Mas essa ideia está com os dias contados. A hipnose cada vez mais se afasta do universo místico para actuar lado a lado com as modernas práticas médicas. Quem ganha com isso é o paciente, veja-mos como pode ser:
A hipnose não tem contra-indicações ou efeitos colaterais e ainda é capaz de abreviar muitos tratamentos quase em simultâneo as vezes ainda que difíceis.Ao contrário do que muitos imaginam, quem está sob hipnose não dorme, não perde os sentidos e nem fica à mercê da vontade do hipnotizador.
Essa mistificação tem origem ainda nas primeiras civilizações, por volta do ano 3.000 A.C., quando já se conhecia técnicas para alterar os estados da consciência. Durante milénios, os que dominavam a hipnose trabalharam a serviço de práticas obscuras como exorcismo e bruxaria.
A partir do século 19 a hipnose começou a ser estudada cientificamente e até mesmo Freud valeu-se dela para construir as suas teorias psicanalíticas. Mas só agora é que, a técnica vem sendo popularizada como prática auxiliar da medicina e incorporada no dia-a-dia dos consultórios. A sensação provocada pelo estado de hipnose é bem primitiva e muito recheada de prazer.
A hipnose vem sendo aplicada no tratamento de uma enorme gama de distúrbios de saúde como stresse, insônia, traumas, enxaqueca, vícios, obesidade, hipertensão, enxaqueca, vitiligo e ainda todo tipo de doenças de fundo emocional que resultam em problemas respiratórios, digestivos, cardíacos ou sexuais.
Até o hábito de roer unhas, a gaguez ou a incontinência urinária podem ser tratadas a partir da hipnose. Quem já experimentou garante que é óptimo.
A sensação provocada pelo estado de hipnose é bem primitiva e muito recheada de prazer. O corpo relaxa, o coração bate mais devagar, a respiração se acalma. Uma expressão mais serena e relaxada toma o rosto do paciente e a cabeça pode tombar para trás, para o lado ou para frente, suavemente
Internamente, uma analogia com a visão de uma estrela através de uma luneta ajuda a entender o que acontece no transe hipnótico. Embora saibamos que existe todo um universo ao redor da estrela que observamos, ele não importa se naquele momento, não o vemos. Fixamos a nossa atenção apenas na estrela que nos interessa. A estrela, portanto, é a situação a ser tratada na hipnose. Qualquer pessoa pode aprender em poucas horas a hipnotizar.
Durante o transe hipnótico, sob um estado alterado de consciência, o paciente consegue enfocar um problema físico ou emocional que queira tratar. Quando o paciente focaliza o seu passado, pode acontecer a regressão. Com a intervenção de um bom profissional, a hipnose pode ser muito produtiva no sentido de trabalhar nos traumas da história do paciente que se reflectem negativamente na sua vida. Há várias técnicas para levar o paciente ao transe hipnótico, e, todas elas muito simples.
Qualquer pessoa pode aprender em poucas horas a hipnotizar. O difícil é processar a terapia nesse estado. Administrar a hipnose exige criatividade e atenção completa do terapeuta para que o estado de consciência do paciente seja alterado de modo a cessar os seus recursos até então inconscientes. São eles que vão ser utilizados na cura.
Algumas pessoas parecem ser mais sensíveis à hipnose do que outras, e a explicação para o facto pode estar na inteligência. Segundo alguns teóricos e a experiência prática, quanto mais dotado de inteligência for o hipnotizado, melhores serão os resultados.
A utilização da hipnose como anestésico é muito antiga. Quem tem medo do dentista pode ver a hipnose como uma bênção inclusive para o profissional. Além de acalmar o paciente, a técnica permite que o dentista exerça o seu ofício de maneira muito mais tranquila.
Ele pode utilizar a hipnose para diminuir a salivação ou para conter hemorragias. Pode também agir como um anestésico, tanto para o tratamento de uma cárie como para a extracção de um dente.
Embora soe como novidade, a utilização da hipnose como anestésico é muito antiga. Alguns médicos cirurgiões do século 19 modificavam o estado de consciência de seus pacientes para operar sem dor. Além dos dentistas, médicos e psicólogos também empregam a hipnose. Para isso, é preciso conhecer as técnicas de indução hipnótica e os processos psicodinâmicos, além da neurofisiologia humana.Em alguns problemas, como dores e certos distúrbios emocionais, a hipnose por si só pode conseguir os objectivos desejados. Em outros casos, como nas doenças psicossomáticas, a técnica tem sido utilizada como prática auxiliar de grande valia. A união da hipnose com a psicanálise tem conquistado bons resultados. Isso acontece porque enquanto a psicanálise trabalha com a consciência em associações livres, com a transferência e análise das transferências como elementos básicos, a hipnose afasta a consciência e actua mais directamente sobre o inconsciente, fazendo com que este, a seu modo, processe as mudanças utilizando os potenciais positivos do indivíduo."Freud acreditava que somente a palavra poderia livrar as pessoas de seus males. Erickson, ao contrário, dizia que o inconsciente entende as metáforas e processa as mudanças, sem necessidade da verbalização. Crianças pequenas, pessoas com doenças neurológicas ou debilidade mental não devem, a princípio, ser hipnotizadas. Para que a hipnose alcance seus objectivos, é preciso que o paciente esteja implicado no processo, que deseje de facto ser hipnotizado. Assim, crianças pequenas, portadores de algumas doenças neurológicas ou pessoas com debilidade mental não devem, a princípio, ser hipnotizadas. A hipnose também não é indicada em casos graves de depressão, pois os potenciais positivos do indivíduo estão em baixa em situações assim, o que anula o sentido da técnica.
Sem comentários:
Enviar um comentário