Segundo a American Psychological Association (1993) “A hipnose é um procedimento durante o qual um pesquisador ou profissional da saúde, sugere que um cliente, paciente ou indivíduo experimente mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamento."
Segundo os psicólogos Clystine Abram e Gil Gomes: "A hipnose é um estado de concentração focalizada que permite o acesso as estruturas cognitivas, os pensamentos e as crenças, identificando os sentimentos que estão relacionados a essa forma de processar os estímulos percebidos. Adequando o processamento das percepções e absorvendo o que é sugestionado."
Competência, método e técnica em hipnose
Método refere-se ao caminho utilizado por um sujeito para alcançar dado objecto; técnica, ao instrumento utilizado para esse fim. Quanto ao método, é essencial que o hipnotizador estabeleça estreito vínculo de confiança com o intencionado a ser hipnotizado. Assim, a empatia entre ambos é, em realidade, o caminho através do qual a(s) técnica(s) poderá(ao) ser aplicada(s). Para que aos médicos hipnoterapêutas possam reivindicar exclusividade em tal domínio, é também verdadeiro que hipnotizadores não-médicos podem desenvolver as habilidades de hipnose com perfeito sucesso em praticamente todas as áreas.
A questão da exigibilidade de formação médica pregressa e a subsequente capacitação em hipnose passa pelos crivos (1) da competência médica [para conhecer o aspecto médico da questão] e (2) da competência legal [para poder, legalmente, exercer tal ofício, sem que se caracterize o exercício ilegal da Medicina). É de se observar que países diferentes tratam diferentemente a matéria.
Na Inglaterra e em muitos países europeus, não é exigida a formação médica pregressa para que o hipnotizador exerça efectivamente a hipnoterapia: basta que, submetido, a uma banca examinadora competente, e que comprove ser capacitado para tal.
Nos Estados Unidos, porém, exige-se a formação médica pregressa para que alguém possa exercer clinicamente a hipnoterapia.
O Brasil segue a mesma linha dos Estados Unidos.
Embora durante a indução hipnótica frequentemente se utilizem expressões como “durma e sono”, tal é feito porque tais palavras criam a disposição correcta para o aparecimento do transe. Não significam, em absoluto, ingresso em estado inconsciente.
Traçados eletroencefalográficos de pacientes em transe, mesmo profundo, aparentemente total ou parcialmente adormecidos, onde revelam ondas alfa características do estado de vigília em relaxamento. O paciente em transe percebe claramente o que ocorre à sua volta, e pode relatá-lo. A parte mais importante da indução hipnótica se denomina rapport, que pode ser definido como uma relação de confiança e cooperação entre o hipnólogo e o paciente. Qualquer violação desta relação com sugestões ofensivas à integridade do paciente resultaria em interrupção imediata e voluntária do estado de transe por parte do mesmo. Infundado, portanto, o temor de revelar segredos contra a vontade ou praticar actos indesejados.
Da mesma forma, a crença de que se pode morrer em transe ou não mais acordar é meramente folclórica e não corresponde à realidade. Um paciente "esquecido" pelo hipnólogo sairia espontaneamente do transe ou passaria deste para sono fisiológico em poucos minutos.
Sr.domingos a sua biografia tão muito bonitas
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