Aplicações. Tratamento de doenças orgânicas e funcionais.
Há um número muito grande de doenças em que não existe lesão ou comprometimento da estrutura de determinado órgão. Estas doenças são conhecidas como doenças funcionais, e nesse grupo de patologias a hipnose, assim como o efeito placebo, obtém excelentes resultados.
Como exemplos de disfunções, citam-se:
1. Neurológicas: Enxaquecas e outras cefaléias crônicas; certas tonturas e vertigens; zumbidos (tinnitus);
2. Digestivas: Gastrites; dispepsias; obstipações; certas diarréias crônicas (síndrome do cólon irritável); halitose;
3. Respiratórias: Asmas brônquicas; rinites alérgicas; roncos e apnéia do sono;
4. Genitourinárias: Enurese noturna; incontinência urinária; disúria funcional; dismenorréia; tensão pré-menstrual.
5. Sexuais: Impotência psicológica; frigidez e vaginismo; ejaculação precoce; diminuição do libido;
6. Dérmicas: Urticária e outras alergias; doenças de pele associadas a factores emocionais;
7. Cardiovasculares: Hipertensão arterial essencial, certas arritmias cardíacas.
Em todas as outras doenças, hipnose também é indicada, podendo auxiliar quer no manejo dos sintomas desagradáveis ou ainda potencializando ou prevendo os recursos de cura do próprio paciente.
Sabe-se hoje da íntima relação do sistema imunológico e factores emocionais. A prática da hipnose pode predispor o organismo como um todo para a cura ou manutenção da saúde.
Obviamente não se indica a hipnose como tratamento isolado ou principal para doenças graves como o cancro. O paciente portador de cancro, que receber treino ou treinamento em hipnose, pode precisar de menores doses de medicação analgésica, para controlar melhor os efeitos adversos do tratamento quimioterápico e radioterápico, para ter melhor apetite e disposição geral, além de uma postura mais positiva frente à doença e o seu tratamento.
O sofrimento psicológico pode ser tão ou mais intenso e incapacitante quanto a dor física. As actuais técnicas psicoterápicas nem sempre são eficazes e por vezes são muito demoradas e onerosas. Medicamento, quando competentemente prescrito, está frequentemente associado a efeitos colaterais, secundários desagradáveis. Afora o facto de, também com frequência, não se conhecer medicamente, com a profundidade necessária e suficiente, da doença. Quer seja prescrita e praticada por hipnólogo médico ou por médico prescrita ou recomendada, porém praticada por hipnólogo não-médico, é inconteste que a hipnose pode ajudar a aliviar os sintomas e trazer serenidade, ao capacitar a pessoa a apresentar respostas mais saudáveis aos estímulos do meio, à sua própria história pessoal e às suas emoções.
Assim, pois, as disfunções alimentares em geral: anorexia, bulimia, desnutrição e obesidade.
Emagrecimento saudável não pode ser obtido da noite para o dia. Pelo menos não sem impor riscos e agredir o organismo com cirurgias desnecessárias, dietas rigorosas e prejudiciais ou medicamentos perigosos. E mesmo assim tais resultados raramente são duradouros.
As diferenças entre uma pessoa obesa e uma magra vão muito além do que a balança e o espelho registam. O tratamento baseado em hipnose propõe uma reestruturação da personalidade, na qual a magreza e a elegância acompanham mudanças profundas e definitivas na relação do indivíduo com o mundo.
Analgesia em episódios de dor aguda ou crónica.
Toda dor tem dois componentes: um físico, devido à lesão tecidual, e um psicológico, que amplifica a percepção desta dor. O emprego de técnicas hipnóticas pode desligar definitivamente o componente psicológico da dor, diminuindo por si só grandemente a necessidade de analgésicos. Excelentes resultados podem ser conseguidos também com o componente físico da dor, porém aí são frequentemente necessárias sessões repetidas ou a prática de auto-hipnose. Lombalgias e outras dores de coluna, e fibromialgia, dor pélvica crónica e outras síndromes dolorosas respondem muito bem à hipnose.
1. Aliviar a hiperemese gravídica (vômitos da gravidez), dores lombares e urgência miccional;
2. Disciplinar a alimentação da gestante, evitando ganho excessivo de peso;
3. Fazer profilaxia da DHEG (doença hipertensiva específica da gestação);
4. Promover analgesia durante o parto, relaxamento muscular e tranquilidade (parto sem dor);
5. Diminuir a incidência de distócias e outras complicações;
6. Fazer profilaxia da depressão pós-parto e estimulação da lactação.
É possível:
1. Expandir a capacidade de memorização;
2. Auxiliar a estabelecer maior disciplina na rotina de estudos;
3. Motivar o aprendizado;
4. Desenvolver serenidade, fundamental para o bom desempenho em provas.
Relaxamento e redução de stresse.
Perigos reais e sobrecargas mesclam-se com as exigências da vida nas cidades. Preocupações profissionais invadem e destroem os momentos de lazer e intimidade com a família. Vive-se constantemente em prontidão, em modo de "lutar ou fugir", a resultar hiperatividade crónica do sistema nervoso autónomo simpático e em muitos efeitos nocivos ao organismo.
O uso da hipnose (ou auto-hipnose) podem ser providenciais recursos para restaurar a harmonia e o bem-estar, pessoal e/ou convivencial melhor a forma de comviver.
Auto-hipnose.
Já foi dito que, segundo vários especialistas, toda hipnose é, na verdade, uma auto-hipnose. Auto-hipnose é uma habilidade extremamente útil para a promoção de saúde e bem-estar. A melhor maneira de aprender a entrar em transe hipnótico é receber treino por um hipnólogo. Via de regra, ensinar auto-hipnose é o último passo de todo tratamento com hipnose, dotando o paciente de um recurso valioso na busca de seu próprio aprimoramento pessoal. Também pode ser utilizada apenas para atingir estado de relaxamento profundo, dormir melhor, melhorando, pois, a qualidade de vida.
Hipnose e desempenho pessoal.
Algumas disposições legais.
Ao contrário do que o senso comum alega, de que a legislação do Brasil permite o uso clínico e terapêutico da hipnose apenas a médicos, odontólogos e psicólogos, e cada qual em sua área específica de actuação, o facto é que a Hipnose é uma técnica de livre exercício, podendo, portanto, ser utilizada por qualquer profissional capacitado para isso. As controvérsias sobre se outros profissionais da área de saúde, tais como fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos,
enfermeiros e paramédicos, entre outros, poderiam beneficiar os seus pacientes, aprendendo e utilizando técnicas de hipnose. Daí que, foram criadas por grupos exclusivistas que se auto-regulamentam como sendo os únicos "proprietários" desta técnica, o que não pode ser verdade.
Se existem aqueles que consideram a hipnose adequada apenas se receitada através de um diagnóstico médico específico, a experiencia mostra que é principalmente a experiência quem determina a capacidade do uso da técnica e, assim, esta poderia ser uma ferramenta útil para um maior número de profissionais.
Por outro lado, aqueles que defendem a sua disseminação destacam a quantidade de benefícios que pode trazer, se mais praticantes preparados e certificados em hipnose pudessem oferecer o seu trabalho à população, seja na redução de distúrbios psicossomáticos, como também evitando justamente o mau emprego da hipnose hoje tão comum por praticantes não-oficialmente regulamentados.
Os factores que interferem são:
Idade. A susceptibilidade à hipnose aumenta até mais ou menos aos dez anos, depois diminui à medida que os indivíduos se tornam menos conformistas.
São menos susceptíveis as pessoas que:
Se distraem facilmente.
Têm medo do novo e diferente.
Revelam falta de vontade de obedecer ao hipnotizador .
Revelam falta de vontade de ser submissas.
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