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sábado, 21 de outubro de 2017

A RAZÃO DO PERDÃO E O PORQUÊ PERDOAR.

No seguimento do 2º aniversário da morte do político Nelson Mandela, falecido a 5 de dezembro de 2013, venho, hoje, falar-lhe desse homem que foi considerado o mais importante líder da África negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993 e pai da moderna nação sul-africana, onde acabou por ser eleito democraticamente como 1º presidente Negro.
São os seus pensamentos sobre o tema do perdão que suscitaram em mim inúmeras reflexões que, agora, gostaria de partilhar com todos. Quando alguém nos prejudica, existe sempre a possibilidade de perdoar.
O perdão não deve ser considerado como uma desculpa, uma justificação, uma negação do ato cometido ou ainda sinónimo de esquecimento. Também não é obrigatoriamente sinónimo de reconciliação.
Trata-se, na verdade, de uma decisão pessoal e intransmissível, da qual, cada um é responsável. Será que vale a pena perdoar?
Será que posso? Será que quero mesmo perdoar?
Isso irá ajudar-me de alguma maneira...?
São algumas das questões que podemos colocar, e será em função das nossas respostas que decidiremos, ou não, dar esse passo. A psicóloga Sonja Lyubomirsky defende: “Perdoamos por nós mesmos, e não pela pessoa que nos feriu”. Talvez tenha sido esta a linha de pensamento seguida por Nelson Mandela, após a sua libertação do cativeiro onde fora mantido por defender a luta contra o apartheid: “Ao transpor a porta da prisão, disse para mim mesmo que, se continuasse odiando aquelas pessoas, ficaria sempre sendo seu prisioneiro. ”
Na verdade, é graças ao perdão que vamos poder viver de maneira diferente, ultrapassando tudo o que aconteceu, cultivando sentimentos menos dolorosos e emoções mais serenas. Tentar compreender as coisas do ponto de vista do outro, e recordar situações em que fomos nós o alvo do perdão dos outros, são duas resoluções a tomar para nos ajudar a perdoar.
Os desafios, assim como os golpes duros da vida, são uma constante.
São circunstanciais na nossa existência, e colocam-nos perante a alternativa de querer conceder o nosso perdão ou não. “Uma ofensa não significa nada, se optares por apagá-la da tua memória.” Confúcio Perdoar e esquecer. Qual é a relação entre o perdoar e o esquecer? Perdoar é esquecer? Esquecer é perdoar? O que significa a expressão “Perdoo mas não esqueço”?
O ato de perdoar é um ato de vontade. Por outro lado, a ação de esquecer está associada à memória que não responde, de imediato, às ordens da vontade. Eu posso decidir esquecer uma ofensa ou uma lembrança desagradável sem, no entanto, conseguir fazê-lo. Nesse caso, a ofensa ficará nos arquivos da memória, apesar da vontade de esquecer. Ou seja, esquecer não é sinónimo de perdoar, uma vez que eu posso decidir perdoar e perdoo ao tomar essa decisão, enquanto se optar por esquecer, o resultado poderá não ser o mesmo.
Desta forma, o perdão poderá ser compatível com a lembrança da ofensa.
Em contrapartida, a expressão “perdoo mas não esqueço” significa, no fundo, que eu não quero esquecer, o que é o mesmo que dizer que não quero perdoar.
Porquê? Porque quando perdoamos, apagamos a dívida do ofensor, o que é incompatível com a vontade de querer mantê-la, com o não querer esquecer.
Perdoar é querer esquecer. Normalmente, se a decisão de perdoar, que encerra em si mesma o desejo de esquecer, de relevar os insultos, se mantiver com firmeza, a recordação da ofensa irá perder intensidade, e em muitos casos, acabará por desaparecer com o tempo.
Ainda que a ofensa não chegue a desaparecer, o perdão aconteceu, uma vez que, a sua essência não consiste em esquecer, mas sim na toma da decisão de liberar o ofensor da sua dívida para connosco. Um sinal eloquente de que perdoei ainda que não tenha podido esquecer, é que a recordação involuntária da ofensa não conta quando me dirijo à pessoa em questão. Talvez não seja possível esquecer, mas devemos fazer o esforço para que isso aconteça.
O verdadeiro perdão exige que saibamos agir dessa forma. Porque “o amor verdadeiro não se porta de maneira inconveniente.” (1 Cor 13: 5). Por outro lado, será que podemos dizer que esquecer é perdoar? Já vimos que se trata de duas ações diferentes.
Pode perdoar-se uma ofensa sem a esquecer, mas se o agravo foi grave, dificilmente se esquecerá se não for perdoado. É por isso que o esquecimento é uma verdadeira confirmação do perdão quando a ofensa foi grave e se decidiu perdoá-la.
O escritor argentino Jorge Luiz Borges, um dos autores mais destacado da literatura do século XX, narra, com uma imaginação notável, o reencontro fictício entre Abel e Caim, algum tempo depois do assassinato. Este episódio ilustra muito bem o que acabo de dizer: «Caminhavam pelo deserto e reconheceram-se de longe, porque os dois eram muito altos.
Os irmãos sentaram-se na terra, acenderam um fogo e comeram juntos. Guardavam silêncio, à maneira das pessoas cansadas quando declina o dia.
No céu assomava uma estrela que ainda não tinha recebido seu nome.
À luz das chamas, Caim percebeu na testa de Abel a marca da pedra e deixou cair o pão que estava prestes a levar à boca e pediu que lhe fosse perdoado seu crime.
Abel respondeu: «Tu me mataste ou eu te matei? Já não me lembro; aqui, estamos juntos como antes.» «Agora sei que me perdoaste de verdade» - disse Caim – «Porque esquecer é perdoar. Procurarei também esquecer.» «É assim mesmo» - Abel falou devagar. «Enquanto dura o remorso, dura a culpa.» A verdade é apenas esta, perdoar tem efeitos benéficos sobre a nossa saúde física e mental, porque, ajuda-nos a sentirmo-nos melhor, e permite-nos seguir em diante com a nossa vida.

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Biografia: Domingos Ferreira - Poeta e artista digital em técnica de Robótica

Convidado de honra: Domingos Manuel Sousa Ferreira - Poeta e artista digital em técnica de Robótica in http://povoadelanhosoacounoseum.blogspot.com/
Novo e-mail do autor " domingosmanuel.efa@gmail.com "
Domingos Manuel Sousa Ferreira, é um autor de obra poética, registado na Sociedade Portuguesa de autores sob o número 14194. As suas obras teem como títulos de renome; Liberdade por momento... e, Impactos da vida. Para além de poeta/escritor também é um artista com 400 obras de pintura criadas por si com cordenadas matemáticas no sistema digital e todas elas em técnica de Robótica, com o titulo " Abstracto Robotizado" registado na Sociedade Portuguesa de Autores membro numero 14194 e na Inspecção Geral das Actividades Culturais sob o número 1602.

Domingos Ferreira, nasceu em Angola, filho de emigrantes portugueses de naturalidade povoense. Fez a sua escolaridade na escola primária António Lopes. Estudou em outros locais. Tem um curso Professional de electricista de baixa tensão e com a categoria de Oficial de 1ª. Domingos trabalhou como segurança nocturno durante 22 anos no Agrupamento de Escolas Professor Gonçalo. E desde 25 de Outubro de 2010 executa as funções de Assistente Operacional na referida escola. Quem o ouvir falar Domingos, lembra um filósofo.

Domingos Manuel Sousa Ferreira, é uma pessoa tímida por excelência, não deu a sua obra ao reconhecimento na sua terra, porque acha que, as pessoas são quem lhe devem de dar valor em vez de ser ele a auto valorizar-se!

O autor fez o lançamento do seu primeiro livro em terras Flavienses, e o segundo na Póvoa de Lanhoso com apoio, correcção e prefácio de; Benjamim Andrade, Jornalista e Professor de filosofia. Coordenação Técnica, Analise e Crítica por; Eduardo Augusto dos Santos Rosa, Professor Catedrático da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A Nota introdutória foi feita por Angélica Lima Andrade. O autor vendeu e esgotou as suas edições em vários pontos do país.

Domingos Manuel Sousa Ferreira, como artista plástico também tem dado nas vistas! As suas obras em tela, saídas do contraste digital em Robótico, teem sido divulgadas em várias frentes, Cine Convívio Fura, Inovalar Decorações, Casa do Benfica da Póvoa de Lanhoso, Cyber Café - Cyber Concerto, Cyber Mil Chás, Bar Académico, Bar do João, Theatro Clube, e outros locais mas sempre com exposições permanentes. No estrangeiro; em várias Associações Culturais Portuguesas. Na suiça, Livraria LusoLivro e Sporting Clube de Zurique, as duas em Zürich etc.

Em breves linhas descrevo o currículo do autor:

Liberdade por Momento.

“Editado em 09 de Junho de 2001 em Chaves”

Impactos da Vida.

“Editado em 27 de Dezembro de 2003 na Póvoa de Lanhoso”

O Processo dos Processos.

“Métodos de utilização do coeficiente mental”.

Comportamento Sexual Humano.

”Em análise de estudo”

Violência na Sociedade.

“Estudo sobre a sociedade contemporânea”.

Ideias Musicais.

“Esquemática e Simetria Musical poemas para canções”.

Tópicos Musicais.

“Esquemática e Simetria Musical poemas para canções”.

Impactos Musicais.

“Esquemática e Simetria Musical poemas para canções”.

Tentações Musicais.

“Esquemática e Simetria Musical poemas para canções”.

Quadras e Todas elas Tem um Tema 1.

“Continuidade do estudo comportamento evolução da mente humana”

Quadras e Todas elas Tem um Tema 2.

“Continuidade do estudo comportamento evolução da mente humana”

Isto é para Ler Meditar e Esquecer.

“Poesia surpresa”.

Robótica Abstracta 400 pinturas.

“Todas Registadas na SPA e IGAC”.

Um concurso de Televisão com o nome comercial:

“O Preço da Verdade" ® 2005

S.P.A. 14194 ®

Domingos Ferreira, esteve no incentivo de encorajamento do autor "Quelhas" aquando à edição e ao lançamento do livro; Inspiração do Compositor... esteve presente também como convidado do autor que apadrinhou, na EB 1 de Garfe no Plano da Literatura Escolar. E, ainda participou em Análise e crítica n; O livro da criança... e convidado de honra, juntamente com a Poetiza de Arosa, para apresentação do segundo livro. Domingos esteve sempre presente directo ou indirectamente, em pessoa ou com as suas obras de arte nas tournées que o mesmo autor nato povoense esteve patente.

O Poeta e Artista Plástico, reflecte que tem muitas obras para sair, só ainda o não fez, porque acha que, o tempo não trouxe nada de novo e, para terminar, Domingos Manuel Sousa Ferreira diz num dos seus; Pensamentos do Dia...

"Se pensares como eu, entenderás o que sinto."

Convidado de honra pelo autor povoense Quelhas